Amar.
Alguns acreditam que o
amor é algo que não precisamos. Que o que precisamos para viver é
apenas comida, água e oxigênio. Sim, concordo que comida nos dá energia;
água nos hidrata; oxigênio nos dá o ar da vida. Mas esses são o
sustento do corpo, da carne. Poderíamos sim passar o resto de nossas
vidas sem amor, mas qual sentido essa vida nos traria? Qual sentido do
corpo, sem a alma? O amor é que sustenta a alma. Imagina quão triste
seríamos sem ele. Se o mundo já é um caos com ele, sem ele não existiria
porquê lutar. Acreditam que o amor nos faz sofrer. Mas eu acredito que
ele nos ajuda à nos descobrir, à crescer e amadurecer. A gente ama na
inocência, mas o amor não é para os fracos. Ele é forte, pode até nos
desgastar. Mas para quem não tiver forças para sustentá-lo dentro de si,
ele dará forças para seguir em frente e se reerguer. Dizem que amamos o
que nos faz bem. E quem disse que o amor escolhe à dedo quem amar? Acho
até engraçado quando dizem que o amor acabou. O amor não nasce, e nem
morre. Ele já está ali, esperando ser partilhado por pessoas certas. Ele
acontece e deixa de acontecer. Ele grita e cala. Mas quando ele se
instala em alguém forte, que é capaz de sustentá-lo e cultivá-lo ao lado
de um outro alguém, o amor vira sussurro; algo manso e terno; livre e
puro. Salvo de qualquer desastre o que mundo possa causar.
— | Valentina Sartori, |
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