Pessoas vão embora de
todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso
abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a
quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da
gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade… Depois nos
dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não
machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão
característico, aquela peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora.
As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo,
adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e
também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já
se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode
durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve
para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo.
Segundos podem ser eternidades… ou não. Depende da ocasião.
— | Marla de Queiroz. |
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