Você reúne tudo aquilo que eu não entendo e nunca soube dizer se queria, Robin. E o pior é a questão que você faz de ser assim, de gostar de confundir. Acho que se fosse só você ser complicada dava pra levar, mas você é o pacote todo de dificuldade. E eu nunca sei como devo me comportar quando você tá perto. Nunca fui bom com datas, palavras bem ditas e surpresas. Mas sempre me desdobrei pra tentar fazer tudo certo por você, mesmo sendo completamente errado. Eu tentei porque, sei lá, porque você é diferente. Você acorda mau humorada e passa o dia contando piada ruim, você passa tanto tempo com as tuas amigas que eu não sei como ainda não foi na onda delas de “deixa isso pra lá”. E elas só sabem falar isso quando se trata de mim. Eu sou tão errado quanto acordar e dizer “bom dia” numa segunda-feira. Tão contrário quanto quem gosta de receber esse bom dia. Você é tudo aquilo que eu não tinha e que não fazia falta, mas agora é tudo que eu continuo não tendo e dá saudade. Você é aquele tipo perigoso, Robin, aquele tipo que a gente sabe que vai foder com a vida da gente. Mas mesmo assim manda uma sms de “bom dia” em plena segunda, pra ver se teu humor melhora e tu larga um sorriso daqueles que fazem a gente pensar que… Que você é tão simples e que te acompanhar quase não dá trabalho, quando na verdade, tu é totalmente o contrário disso. E eu que nunca fui de ser desses preocupados, acabo gastando toda a minha cabeça pensando em você, e todos os meus créditos querendo saber se você vem ou se a sua complicação te mudou de opinião de novo e esses é um daqueles dias que você me odeia. E eu aceito, sei lá. Deve ser porque no dia seguinte você vai dizer que fica, só mais um pouquinho. Mesmo com aquele mau humor repentino e a sua cara amarrada com ressaca de ter me odiado mais que tudo no dia anterior, e não saber negar que gosta de ficar. Nem que seja só um pouquinho. — ROBIN AND STUBB

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